Colaboração entre as regiões Central e Sul gera estudo sobre impactos das enchentes em hospitais universitários do RS
POR BIBIANE SEGALA, GESTORA DO INOVA RS REGIÃO CENTRAL
Publicação:
O trabalho intitulado “Mapeamento de Danos Causados pelas Enchentes de Maio de 2024 em Hospitais Universitários do RS”, fruto de uma articulação entre as regiões Central e Sul do programa Inova RS, foi apresentado durante o Congresso Brasileiro sobre Catástrofes Climáticas (ConBrasCC), realizado nos dias 29 e 30 de maio no Centro de Convenções da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
A apresentação foi realizada pela gestora de inovação da Região Central Bibiane Nardes Segala, representando o grupo de trabalho que também contou com as gestoras Ana Carolina Marzzari (Região Central), Tenille Drews e Taynara Domingues Bom (Região Sul). O estudo foi desenvolvido a partir da aplicação de um questionário aos gestores dos hospitais universitários da rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) no Estado — HUSM-UFSM, HU-Furg e HE-UFPel — com o objetivo de mapear os danos causados pelas enchentes históricas que atingiram o Rio Grande do Sul em maio de 2024.
O ConBrasCC foi promovido pela UFSM, pelo HUSM-UFSM e pela EBSERH, e teve como tema central “Enchentes e desmoronamentos – impactos, desafios e perspectivas para a gestão dos serviços de saúde”. O evento se propôs a discutir os efeitos das inundações que atingiram 95% dos municípios gaúchos em maio de 2024, afetando cerca de 2,5 milhões de pessoas e comprometendo seriamente serviços de saúde, infraestrutura e economia.
Destaques do estudo
O levantamento revelou vulnerabilidades significativas nos hospitais diante de eventos climáticos extremos. As instituições enfrentaram inundações, danos em telhados e equipamentos médicos, escassez de insumos, interrupção de serviços e a necessidade de transferências de pacientes. Apesar dos desafios, o estudo destacou a importância dos planos de contingência pré-existentes, que se mostraram eficazes para mitigar impactos e organizar respostas rápidas.
Inovação e resiliência
A pesquisa evidenciou a relevância de planos atualizados, comunicação interna eficiente e redes de apoio interinstitucionais, além de melhorias implementadas após o evento, como impermeabilização de telhados, aquisição de geradores, criação de planos específicos para enchentes e reorganização de fluxos logísticos.
A atuação integrada das regiões Central e Sul do Inova RS permitiu a sistematização das informações e a identificação de possíveis soluções tecnológicas e institucionais para apoiar os hospitais. O estudo reforça que, em contextos de emergência, a inovação é uma ferramenta essencial na reorganização de fluxos, otimização de recursos e agilidade de resposta.
